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Mostrando postagens de outubro, 2017

A Enfermagem brasileira é imprescindível ao Sistema Único de Saúde

Tomei por surpresa as últimas notícias que circularam no país acerca de uma ação judicial da 20ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, solicitada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), para que sejam suspensas várias das práticas rotineiras dos profissionais da Enfermagem. A princípio, imaginei ser vírus nas redes sociais. Depois, ao ler diversos documentos socializados por colegas comprometidos, historicamente, com nossas lutas, vi, por um lado, a insensatez do CFM, e por outro, a falta de conhecimento do juiz. Por isso decidi por posicionar-me. Antes de qualquer dúvida, me explico que não falo como diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, que possui entre os seus cursos, a Enfermagem nota 5, avaliada recentemente pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ( ENAD) e pelo MEC, fruto da dedicação exclusiva de professoras(es), estudando, com centenas de alunos. Oferecemos ao mercado de trabalho, não somente enfermeiros(as), se não, homens e m

A moral invertida: crise dos valores societários e o silêncio dos bons.

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O Brasil e a comunidade universitária, em particular, assistiram ao suicídio de um homem em silêncio, com raras exceções. Homem esse que se viu proibido, por força da Lei, de circular em sua própria casa, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Lugar onde alicerçou sua formação acadêmica, consciência política, científica, técnica e pedagógica, desde o movimento estudantil até a cadeira mais alta da instituição que ajudou a se Re(criar), Reitor. Naqueles bancos, ensinou e aprendeu o exercício diário à “consciência crítica da sociedade” . Dito de outra forma, ajudou a ampliar os processos de indagações, questionamentos, investigação, debates, discernimento, a fim de propor caminhos para solucionar problemas reais da sociedade às conquistas do saber humano em uma universidade pública, democrática e comprometida, exclusivamente , com  a busca, cada vez mais séria, da verdade, da ética das virtudes e do amor. Morte visível aos olhos de uma sociedade que dorme, enquanto a

A DEFESA DO SUS NÃO CABE EM UMA CORDA BAMBA

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                                                                                                                             Trago, nesse pequeno texto, breves notas sobre as raízes do Sistema Único de Saúde (SUS), como um bem civilizatório do povo brasileiro. Cuja alameda de conquista foi e é dos movimentos sociais, que lutaram bravamente, e persistentemente, pelo direito a ter direitos. Esses, expressos na Constituição Federal (Arts. 196 e 200) e regulado pelas leis nº 8.080, de 19/09/90 e nº 8.142, de 28/12/90. Logo, é dever do Estado garantir o acesso às ações e serviços de saúde de forma universal, igualitária, integral, gratuita e de qualidade. Acrescento, confinando ao passado (pré-constituinte) a apartação entre aqueles que podiam pagar, ditos os incluídos no mercado formal de trabalho, assistidos pelo Ministério da Previdência Social, por meio do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) [1] , e os sobejos da população entregues à pr