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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Agrotóxico faz mal à saúde: Suprema Corte, rogai por nós.

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Quem de nós não assistiu ainda o documentário “O veneno está na mesa”, produzido pelo cineasta Silvio Tendler [1] ? A voz de fundo nos informa que “desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de Agrotóxico”, e cada brasileiro consome, em média, 5,2 litros de agrotóxicos por ano. Essa informação, adicionada àquela imagem do avião sobrevoando um prato com alimentos, aparentemente “saudáveis”, causa arrepios. Parece filme de terror. Mas, qual é a novidade? O Brasil sofre profundamente desse mal, desde o início dos anos 60, a pretexto do crescimento e desenvolvimento da economia, enquanto a saúde da natureza e das pessoas ficam relegadas a plano algum. Mais grave ainda é o desprezo pela saúde dos trabalhadores e suas famílias, sobretudo, do campo, expostos aos impactos ambientais e suas consequências, a exemplo da infertilidade do solo, das perdas da biodiversidade, do equilíbrio ecológico, das fontes hídricas, queda da população de abelhas, que evidenciam a ganância do modelo agronegocis

GDF se autodeclara incapaz de gerir o SUS.

Por  Maria Fátima de Sousa [1] Maria José Maninha [2] Sob a justificativa de elevar a produtividade da saúde em 20%, somente para este ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal altera as normas de gerenciamento do agora Instituto Hospital de Base (IHBDF). Aquele que funcionou por 57 anos como Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), sendo referência em trauma, cardiologia, oncologia e neurocirurgia, doravante promete garantir agilidade nos atendimentos, nas compras de insumos e melhor qualidade no acesso e conforto aos pacientes, com um orçamento de R$ 602 milhões, permitindo uma significativa elevação também no número de cirurgias, internações e consultas. Desde o momento em que o governo do Distrito Federal começou a dar suas justificativas para tal iniciativa, as promessas de um senso espetacular tem sido considerado pela imprensa e pela sociedade, como enganosos, ou inconsistentes, em se tratando de uma análise entre o sistema de gestão imposto à população e o que

Publicado no Correio Braziliense em 17.01.2018

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O novo modelo de Saúde Pública no DF é a privatização?

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                                                    Foto: Rogério Lopes. Falar de novo modelo de atenção à saúde, começando pela privatização do primeiro Hospital criado no Distrito Federal, exige de nós, profissionais da saúde, esclarecer à população, algumas questões não ditas. Primeiro , não é dito que as rígidas normas da administração direta do Estado brasileiro, que circunscrevem as licitações, compra de produtos, contratação de pessoas, entre outros, não podem ser creditadas como problemas de gerenciamento do Sistema Único de Saúde. Se não, de uma ausência de Reforma Administrativa, onde o Estado assume seu dever de proteger, nesse particular, o direito à saúde da população. Para isto, paga-se impostos. Ou seja, o povo delega aos seus governantes a tarefa de administrar seus bens. Ao invés de gerenciar, com competência, criatividade, respeito, e humanização,   tomam-se atalhos para defender interesses de diferentes naturezas, sobretudo, com alianças entre partidos, grup

2018 – esperança de cicatrizarmos as feridas ainda abertas de 2017.

Na madrugada nos despedimos de mais um ano, junto com ele, toda nossa maior força humana em deixar na página do PASSADO, os momentos mais tristes e sombrios dos tempos de hoje, digo, de ontem.  De ontem, porque seguiremos tomando ATITUDES, posicionadas no PRESENTE, à construção do Desenvolvimento Humano Integral no FUTURO. Desenvolvimento que passa, necessariamente, pelo nosso ADEUS a toda e qualquer forma, sinais e sintomas de doenças que trazem implicações na produção social da saúde.  Como falar de Saúde, se a Violência, de Norte a Sul, toma conta do mapa do nosso país? Manchas de sangue que ficam no chão por onde andam os 53,8% dos jovens de 15 a 29 anos. [1] Meninos negros, pobres e das periferias das cidades. Cidades que dizem aumentar as estatísticas aos olhos vivos do PIB nacional, melhor, de suas riquezas não distributivas. Entretanto, sobre esses mesmos olhos, paira uma cegueira noturna que não permite enxergar as tragédias diárias do último ano: “apenas em três sem